Suiça formalizou candidatura a Observador Associado da CPLP

A Confederação Suíça formalizou a candidatura à categoria de Observador Associado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a 9 de outubro de 2025.

A mensagem foi transmitida através de uma missiva entregue por Sua Excelência Embaixador Ignazio Cassis, Conselheiro Federal e Ministro dos Negócios Estrangeiros da Suíça, à Secretária Executiva da CPLP, Embaixadora Maria de Fátima Jardim, no decurso de uma visita de cortesia à sede da organização.

Na ocasião, o Conselheiro Federal Ignazio Cassis apresentou à Embaixadora Maria de Fátima Jardim as formas pelas quais a Suíça poderá contribuir para as prioridades estratégicas da CPLP, tendo realçado o compromisso do seu país com a promoção da cooperação multilateral, da troca de conhecimento e do desenvolvimento sustentável nos países de língua portuguesa.

Com mais de 255.000 portugueses e 24.000 brasileiros a residir na Suíça, a língua e a cultura portuguesas contribuem para enriquecer a sociedade suíça. O português é, depois do inglês, a segunda língua estrangeira mais falada no país. O ensino da língua está amplamente desenvolvido, desde o nível básico até ao universitário, contando-se, por exemplo, institutos de literatura e cultura lusófonas nas Universidades de Genebra e Zurique.

A Suíça mantém relações estreitas e amigáveis com todos os Estados-membros da CPLP. No caso de Portugal, os laços são reforçados pela significativa comunidade portuguesa, que participa ativamente na sociedade e exemplifica a riqueza das relações humanas entre os dois países.

O Brasil representa o principal parceiro da Suíça na América Latina, especialmente nas áreas da educação, investigação e inovação.

A Suíça desempenhou também um papel relevante nas negociações de paz em Moçambique, país prioritário da cooperação internacional suíça há várias décadas.

Na estratégia para a África Subsaariana, destaca-se ainda o grande potencial de desenvolvimento da parceria com Angola.

Mantêm-se contactos bilaterais regulares e cooperação técnica com países como Guiné-Bissau, Cabo Verde e Timor-Leste.